terça-feira, 15 de setembro de 2009

O que aprendi com o Tempo

O que aprendi com o Tempo


No nosso dia a dia, costumamos nos ater as coisas corriqueiras e deixamos de lado o profundo, o belo e o essencial de nossas vidas.
Esquecemos de dizer coisas sinceras, amáveis, só pelo prazer de sermos apenas nós mesmos, livres, verdadeiros em um momento de pequena entrega aos nossos sentimentos.
Esquecemos até mesmo que sentimos...
Vivemos a pensar, a planejar, a pretender.
Meras pretensões que nem sempre  é possível  ver concretizadas. Fato é, que na maioria das vezes nos frustramos, sofremos indevidamente e claro, buscamos um culpado para nossas mazelas.
Bem, pensando nos velhos tempos de mim, começo a lembrar de como eu mesma não me reconheço mais, nas coisas que acreditava e que hoje, não fazem a menor diferença.
Revi meus conceitos e meus valores.
O que isso tem a ver com o essencial de cada um de nós, perderiam me perguntar... Qualquer manifestação de amor só se vive em plenitude, se postas de lado às convenções que a sufocam... Amar, portanto, é se dar.
Pensava eu, em minha ignorância, que precisava de um amor, como quem precisa de um porto seguro; até descobrir que amar só é seguro, quando estamos certos de nossos próprios sentimentos e nos lançamos por nossa conta e risco próprios, quando compreendemos a delicadeza deste sentimento, assim como suas nuances...
Amar é doação; receber é conseqüência. Mas amor não correspondido é como estar na penumbra de nós mesmos, porque não conseguimos nos enxergar no outro, porque não vemos reciprocidade; apenas vislumbramos o que mais se parece com uma imagem sem foco, ou seja, a ausência de nós e a eterna busca do que se pareça conosco, no outro.
E amar assim é só melancolia...
Quero mesmo é fazer amor, falado ou escrito, na carne ou na alma, quero é o amor.
Quero amor de pai e mãe, quero meus amigos ao meu lado, minha cama aquecida e meu coração invadido...
Assim, penso que aprendi a ver com o tempo, a poesia dos instantes, a beleza das pessoas e a preciosa efemeridade o amor.
Acho que finalmente descobri o que significa viver. Estou bem comigo mesma.
E em Paz...

Nenhum comentário:

Postar um comentário